quarta-feira, 30 de outubro de 2013

Escalpo...essa série é mágica!

“Eu não quero ser um produto do meio ambiente, eu quero que o meio ambiente seja um produto meu”.
E com esta frase, que o personagem de Jack Nicholson pronunciou no maravilhoso filme “Os Infiltrados”, eu começo meu post sobre uma série da vertigo que é, para dizer o mínimo, perturbadora. Estou falando de Escalpo, provavelmente uma das séries mais realistas que eu já li ou lerei por muitos anos. Quando eu digo realista, não falo das coisas boas, do amor e carinho que pode existir entre os seres humanos. A realidade que me refiro é o lado sombrio do mundo, são todas as coisas que as pessoas são capazes de fazer por ganância, é a maldade explodindo na nossa cara e a emoção de ver que até no inferno nascem flores. Em Escalpo, os EUA são mostrados de uma forma tão surreal, que é impossível não acreditar que realmente não existam pessoas como aquelas andando entre nós. Pior é que quanto mais nos aprofundamos na trama, mais somos capazes de identificar que, aquele universo de cores e imagens, é o nosso universo.
Como já deu para perceber, sou um apaixonado pela série; alias, sou apaixonado por tudo que a Vertigo produz. Ainda não vi nada que foi publicado pela Vertigo que fosse ruim, apesar de meus gostos não serem iguais aos de todos. Infelizmente, não são todas as obras que são uma gritante unanimidade entre os leitores; são poucos os autores que conseguem tal feito (como um tal Alan Moore e outro chamado Neil Gaiman). Em Escalpo, precisamos dizer que é virtualmente uma obra adulta. O contexto, os diálogos e a maneira que os personagens foram construídos, demonstram de forma entusiasta que esta obra foi proposta para leitores mais maduros e com opiniões bem definidas. Não significa que pessoas mais novas não se identifiquem com a série ou não consigam fazer as determinadas ligações. Se existe uma coisa boa que a internet trouxe, foi a grande facilidade com a qual podemos ter acesso a informação. Então, se uma pessoa mais jovem por acaso lê que Escalpo tem certa relação com Leonard Peltier, ele rapidamente tem como saber quem é, a história do qual faz parte e de quebra, ainda conhece a maravilhosa música do Rage Against the Machine chamada Freedom. Alias, escutar Freedom (não tocando alto; suavemente...) lendo Escalpo #nãotempreço!
Vamos a história, sem spoilers , como já é costume e tradição deste blogueiro. A história se passa na reserva ROSA DA PRADARIA, que não é a reserva bonitinha que os fãs da saga crepúsculo amam. Não é uma reserva rodeada de coisas belas, com nativos americanos andando quase sem roupa para cima e para baixo, ocasionalmente transformando-se em lobisomens para caçar vampiros purpurinados. Nesta reserva, como diria nosso amigo Cauê Moura, “o barato é lôco”! É a reserva com o maior índice de alcoolismo na America, além de ser um dantesco antro de perdição, com tudo que os círculos do inferno têm direito: prostituição, viciados para todo lado, laboratórios de meta anfetamina (nessa hora imaginem a trilha de Breaking Bad), violência descarada e sem limites, além de uma máfia de respeito, com um chefe que comanda tudo isso com mão de ferro chamado Lincoln Corvo vermelho, um anjo de pessoa (anjo tipo o Lúcifer...).
Nossa história começa para valer, quando um ex-morador da região, chamado Dashiel Cavalo Ruim (esses nomes são demais!) que na verdade é um agente federal infiltrado (agora faz sentido a frase do início do post) volta a reserva e sua missão é conseguir provas para uma condenação de Corvo Vermelho; provas diretas ou indiretas, é importante dizer. A verdade é que nada vem de graça; portanto esse serviço que Dashiel se propôs a fazer, teria um grande ganho para sua careira de agente federal, e no decorrer da trama ele vai percebendo que não será tão simples. A possibilidade dele se corromper pelo caminho é grande; fora outros fatores que não vou mencionar, afinal eu disse “sem spoilers”, mas posso adiantar que tem mulher na rodada (sempre têm...). Essa série é demais, faz por merecer todos os prêmios que recebeu,é um autêntico título Vertigo. 
Para qualquer ser humano que adore histórias policiais, Escalpo é uma boa e essa é inclusive uma das formas de se definir a obra: uma obra policial. Não sei se considero a história totalmente policial; eu a vejo mais como um drama violento e mega realista, que trás para nós uma imagem da America do Obama que não é retratada em filmes e seriados. Eu, por exemplo, sempre tive curiosidade de saber mais sobre os nativos americanos da América do Norte. Curiosidade de ver-los sendo retratados nos quadrinhos. Enfim, com metáforas ou de forma mais crua, Escalpo faz o leitor pensar e qualquer quadrinho que cause esse efeito, merece ser mencionado. Recomendo e assino embaixo! Vou ficando por aqui. Vou deixar o link da Comix, para quem quiser completar ou começar sua coleção da revista mensal Vertigo, que é onde vocês vão achar Escalpo. Obrigado pela atenção. Me sigam pelo Facebook e Twitter para saber sobre novos posts. Abraços.

terça-feira, 29 de outubro de 2013

Antes de Watchmen: Comediante!

It´s a joke!!
E estas foram as últimas palavras do nosso herói antes de ser assassinado, segundo o filme de Zack Snyder. Claro que, nos quadrinhos, não foi bem assim que aconteceu. Porém estamos falando de Eduard Blake, O Comediante. É provavelmente o herói (se é que dá para classificar-lo assim...) mais impagável de todos os tempos, e provavelmente teria dito algo assim antes do fim. “Quando se percebe que tudo é uma piada, ser O Comediante é a única coisa que faz sentido”. Essa e outras frases dão o tom do personagem mais odiado e cultuado no Universo de Watchmen. Quando li esta obra pela primeira vez, achei que não fosse possível um mundo fictício ser mais real do que estava sendo apresentado ali. Afinal, se o Dr. Manhattan estava representando o humano que, de uma hora para outra se descobre poderoso, o Comediante é o ser humano que simplesmente não tem nada a perder. Viver por viver, morrer por morrer. Segundo alguns artigos que eu li sobre a guerra do Vietnã e sobre pessoas que por lá estiveram (jornalistas e soldados), esse sentimento de “nada mais importa” era bem comum. Com Eduard Blake não poderia ser diferente, ainda que ele nunca tenha sido um exemplo de sanidade para ninguém, mas afinal: Que não é um pouco louco?
Quando Alan Moore escreveu Watchmen, provavelmente não sabia que esta obra iria ser tão cultuada e elogiada até hoje (vivo dizendo isso, não reparem...), e provavelmente também não sabia que seus personagens se tornariam icônicos. Quando se tem personagens tão queridos e carismáticos, como evitar saber um pouco mais sobre eles? Antes de Watchmen está preenchendo algumas dessas lacunas; não todas, entretanto acho que está sendo feito na medida certa. Sabemos o que precisamos saber. Fatos e acontecimentos importantes que, de alguma forma, transformaram os personagens ou pelos menos causaram grandes impactos. E finalmente sai a esperada edição do Comediante, escrita por Brian Azzarello e desenhada por J. G. Jones; e claro que fiquei super empolgado, pois trata-se de um personagem que faz a obra de Moore ser surreal. Não me decepcionei.
A Imprensa especializada não gostou muito. Não entendi o motivo de tantas críticas; Azzarello me apresentou exatamente o que eu esperava ver. Uma história bem policial, com raríssimas aparições de outros personagens da obra de Moore e algo voltado mais para espionagens e intrigas políticas. Claro que, por se tratar de um personagem com relevante importância na trama, muitos (incluindo eu) gostariam de ter lido sobre muitas outras coisas, como: o relacionamento entre ele e Sally Jupiter, como começou sua vida de vigilante, entre outras coisas que não fora mencionadas. Só que por outro lado entendo a decisão de Azzarello por deixar tais coisas de lado e focar na parte mais política, como seus pequenos serviços para o governo americano. O que nos foi apresentado, foi os últimos laços de Eduard Blake sendo cortados. Azzarello mostra como o Comediante deixou de ser um “herói” americano e se tornou um ser humano a parte do mundo dos seres humanos. Curioso que, na história de Azzarello, o personagem vai para tão longe da sua própria consciência, que agora eu consigo entender a cena onde ele conversa com Moloch, aos pés da cama e chora. Quando você sabe parte do que ele já fez, consegue entender seu terror e até repulsa pelo plano de Ozymandias (paro por aqui, senão é dar spoilers). A propósito, Azzarello não esqueceu de Moloch. Ele tem uma pequena e relevante participação.
Preciso dizer que vale a pena comprar? Claro que vale. Como já mencionei: não sei o motivo de tanta reclamação sobre o capítulo de Azzarello e não li nada que me fizesse deixar de gostar do trabalho dele. Contudo, posso dizer que não foi o meu capítulo predileto. Até o momento, meu predileto foi sobre o Dr. Manhattan. Quem é apaixonado pelo quadrinho de Alan Moore, não vai conseguir deixar de comprar tudo que puder sobre Watchmen. Que venha o próximo. Alias, falando em próximo, para todos os que por um motivo ou outro ainda não compraram os primeiros volumes, não deixe de comprar (links no final do post). Essas informações são muito interessantes para quem já leu Watchmen, pois nos faz perceber ou melhor dizendo, entender certas coisas de forma mais clara. O que é gritante para mim, é que todas as pessoas envolvidas com essa série, são grandes fãs da obra original e o respeito com os detalhes é a parte mais bacana. Respeito de fã, que eu conheço e me identifico. Vou ficando por aqui. Obrigado pela atenção e perdão por esse post ter demorado tanto. Abraços. 


quinta-feira, 24 de outubro de 2013

Laços... simplesmente uma história linda!

Os amigos de infância sempre são os melhores!!
E isso é uma grande verdade. Todo mundo sabe que muito do que somos hoje, muito do que gostamos ou até mesmo opiniões que temos sobre a vida, devemos à convivência com os amigos e quando esses amigos são de infância... ou seja, pessoas que literalmente viram você crescer, sempre moldam de uma forma ou de outra que você é hoje. Tenho um grupo de amigos assim, nesse assunto eu tenho certa dose de conhecimento, afinal os mesmos amigos que eu tinha quando era criança, tenho hoje. Todos vivendo suas vidas, alguns casados, outros não, alguns com filhos, outros não; são advogados, veterinários, arquitetos, pedagogos, contadores, professores, engenheiros, médicos, etc. Agora, quando falamos de amigos de infância e quadrinhos, qualquer brasileiro vai automaticamente lembrar da turma de amigos mais famosa do país e  que de uns tempos para cá, tem se tornado um sucesso no mundo: Turma da Mônica.
Como não se encantar com quadrinhos tão bem feitos e com histórias que até hoje, são um sucesso entre as crianças, geração após geração. Basicamente na Turma da Mônica temos: Mônica, Cebolinha, Cascão, Magali. Esses são os principais. Com o tempo, novos personagens foram sendo acrescentados, como o Titi, Franjinha, Xaveco, Humberto, Marina, as namoradas – Cascuda (do Cascão) e Aninha (do Titi), entre muitos outros. Em uma forma de abordagem mais recente, a Turma da Mônica também está “teen”. Em estilo mangá, nossos queridos personagens que aprontaram tanto quando crianças, agora são adolescentes, crescendo e discutindo novos assuntos. É o Universo Expandido de Maurício de Souza. E como não podia deixar de ser, esses personagens tão queridos ganharam outra forma de abordagem em quadrinhos, algo mais adulto, não que esse “adulto” em questão signifique violência ou temática sexual, qualquer uma dessas coisas iria contra tudo que MS representa. Me refiro a narrativa. Nesta série de graphic novels do selo MSP, a narrativa é bem diferente do que costumamos ver nos quadrinhos tradicionais dos personagens. Trabalho lindo, diga-se de passagem.
A primeira graphic novel produzida para o selo, foi o Astronauta Magnetar. Uma obra densa e que de certa forma, nos faz ter uma abordagem bem diferente da tradicional forma apresentada pelos quadrinhos clássicos. Quer dizer, tudo bem que o cara é um astronauta e vive no espaço, explorando e conhecendo novos mundos. Só que, quando se é criança, não se faz idéia do quanto deve ser solitária essa vida. Vendo a coisa toda com olhos de uma pessoa adulta, percebe-se a real profundidade do personagem (ou todo potencial de profundidade que ele pode ter). Nesta segunda obra, novamente sou surpreendido com uma história simples e arrebatadora. Se por um lado Astronauta Magnetar me lembrou Jim Starlin, eu diria que Laços é mais para Will Eisner. Antes que alguém levante uma pedra, vou explicar de novo: não estou fazendo comparações literais. Estou apenas dizendo que, o estilo de narrativa de AstronautaMagnetar, me lembrou Starlin; assim como Laços me fez lembrar de Will Eisner, pela inocência que está ali presente, sem parecer infantil demais.
Sobre a história, é mais ou menos isso (sem spoilers): a turma de amigos que conhecemos tão bem, e suas tradicionais brigas e brincadeiras e planos infalíveis. O desenho está bem diferente do tradicional, então às vezes precisamos do autor, para nos indicar que é este ou aquele personagem. Tudo ia bem, quando uma tragédia acontece. Floquinho, o cachorrinho do Cebolinha, perde-se no mundo e a turminha se vê em uma situação diferente de todas. Eles têm diante de si um drama real, que vai além de qualquer brincadeira que já tiveram. Ficam arrasados em ver o estado de Cebolinha; então, como forma de ajudar o amigo, decidem se unir, procurar e achar Floquinho. E é disso que se trata a história. A busca inocente porém necessária de Floquinho, além de demonstrar que apesar das brincadeiras, o laço entre os amigos é mais forte que tudo.
Como eu disse, a história é belíssima, bem escrita, bem desenhada. Para os nerds mais atentos, essa história vai ativar memórias antigas de um filme espetacular chamado Stand by me. Não, amigos não é igual, nem remotamente igual ao filme, só que algumas cenas são claramente uma homenagem ao filme. Como eu disse, é uma obra linda. Recomendo para qualquer pessoa que um dia leu Turma da Mônica e recomendo principalmente para os mais saudosistas, que sentem falta da boa idade. Sei que o tempo não para; Cazuza gritou isso em alto e bom tom durante toda minha adolescência. Mas nos quadrinhos, bem como nos livros, podemos nos permitir ir para outros lugares/mundos/dimensões. Permita-se embarcar com essa turma de amigos e sonhe. Afinal, quem nunca sonhou viver aventuras fantásticas com os amigos quando era criança?
Bem caros leitores, vou ficando por aqui. Recados da paróquia: aí embaixo do post eu estou deixando o link para você comprar na Panini ou pela Comix. Se puder, compre de olhos fechados. Amanhã, se tudo der certo, finalmente estará aqui o post mais cobrado ultimamente; Antes de Watchmen: Comediante. Aguardem que vai ser 10. Obrigado pela atenção. Abraços.


quarta-feira, 23 de outubro de 2013

Neverwhere...Neil Gaiman nos apresenta a Londres Abaixo!



Muitos conhecem Londres, mas poucos conhecem a Londres abaixo de Londres!!
Novamente e com muita alegria, trago mais uma obra do mestre Neil Gaiman. Dessa vez, nada ambientado no mundo de Sandman, ou talvez sim, afinal todos os mundos passam por um momento ou outro pelo reino de Morpheus. De qualquer jeito, essa obra em questão é uma fantasia maravilhosa, que possui versões em livro e quadrinhos e é claro que eu vou falar da versão em quadrinhos (apesar de ter lido o livro também); todo mundo sabe que é a mídia que fez Gaiman ser conhecido no mundo todo, nada mais justo do que prestigiar esta forma de arte que vem formando leitores a sei lá quanto tempo.
Para quem já está acostumado com as obras e o estilo do autor, vai entrar no clima rápido. Em lugar nenhum, temos o típico homem comum, com sua vida comum e seus problemas comuns, sendo arremessado contra sua vontade em um mundo onde as aventuras são mais do que possíveis, são reais. A magia e a fantasia nos mostram como o mundo chato e ordeiro de Londres, esconde o imprevisível. Sou um grande leitor de literatura fantástica, e apesar de não trazer muitos livros para cá, afinal a grande procura dos meus leitores é por quadrinhos, sempre coloco referências pontuais de tudo que eu já li, e de tudo que eu já absorvi a respeito de literatura fantástica. Em Neverwhere, Gaiman penso que bebeu muito na fonte de C. S. Lewis; o Mercado Flutuante, que acredito ser uma verdadeira entidade no livro, é uma verdadeira fonte de novas aventuras e possíveis histórias. Isso acaba por ser uma marca registrada de Gaiman; ele sempre deixa um gosto de “quero mais” em tudo que escreve, dessa forma, ao introduzir o Mercado Flutuante, ele cria uma “desculpa” para apresentar eventuais novos personagens, para eventuais novas aventuras. Isso é uma coisa que vemos na obra de Lewis, a gama de possibilidades de novas histórias.
Vamos ao que interessa. Nessa história específica, somos apresentados a Richard Mayhew que é um cara normal, vivendo a sua vida de forma normal. Por um acaso do destino, acaba por salvar uma garota estranha que, estranhamente, atende pelo nome de Porta. Graças a isso, envolve-se em uma trama que vai muito além do que sua pobre e ordinária vida já lhe permitiu contemplar. Por intermédio de Porta, Richard conhece uma Londres que ele não sabia que existia, a Londres Abaixo, e ali também descobre que nenhuma aventura é apenas um “passeio”. Descobre que Porta é muito mais que apenas uma garota precisando de ajuda, descobre que pessoas estão atrás dela e que essas pessoas são bem perigosas, descobre que por trás das fronteiras do mundo racional, existe aquilo que a imaginação só pode sonhar que existe. Faz novos amigos e percebe que, de uma forma ou outra, nunca mais será o mesmo homem.
Neste quadrinho, que na verdade foi feito depois do livro ser escrito e conta com a adaptação maravilhosa de Mike Carey (roteiro) e Glenn Fabry (arte), é bem fiel (na medida do possível). Para quem leu apenas o livro, vai notar diferenças aqui e ali, e isso é mais do que normal. O ponto é que a essência da obra original está ali, e agora temos as incríveis referências visuais. Richard se encontra em uma situação onde, precisa agir de maneira certa, mesmo que não seja obrigado a isso; essa é a maior característica do personagem, o fato dele ser um “Nice Guy”. Os quadrinhos conseguiram capturar a idéia de Gaiman, transformando o quadrinho em algo bem maior do que um simples Spin Off do livro. Conheci a história pelas páginas da revista mensal da Vertigo, publicada pela Panini. Alias fica a dica: Comprem Vertigo Mensal. Sem sombra de dúvidas, é a melhor revista mensal que temos hoje. Quadrinhos adultos e de qualidade. Comprem de olhos fechados. Vou ficando por aqui. Agradeço a atenção e abaixo vai um link da Comix, para quem quer ir atrás da obra. Abraços.

http://www.comix.com.br/product_info.php?products_id=6007

terça-feira, 22 de outubro de 2013

Ronin by Frank Miller... grande homenagem aos mangás!


Quem vive pela espada, morre pela espada!!

Muito bem amigos, novamente atendendo à pedidos, estou aqui com uma minissérie do mestre Frank Miller, que para quem não conhece, é um dos melhores roteiristas e desenhistas que temos nos quadrinhos na atualidade e esta obra específica, é considerada por muitos como “A Obra”. Tenho que dizer que é uma obra singular, sobretudo pela temática, que mescla magia, alta tecnologia, futuro, passado, honra, tudo que qualquer grande história poderia precisar; só que tudo junto. A primeira impressão que temos ao ler a sinopse, é que tanta mistura não vai funcionar. Só que quando se trata de Frank Miller, tudo é possível. Logo nas primeiras páginas, a arte impressiona. Sou um grande fã do gênero mangá, alias sou muito fã de cultura japonesa em geral, então não foi surpresa encontrar referências de grandes obras dos quadrinhos japoneses em Ronin. Poucas obras conseguem trazer o leitor para dentro de vários mundos, totalmente diferentes entra si e ao mesmo tempo conectados. O que mais poderíamos esperar de um cara que escreveu: Batman:Cavaleiro das Trevas, Sin City, 300, Elektra Assassin, etc.

Sobre a história, posso dizer que é mágica. No caso em questão, literalmente! Em Ronin, a história é futurista, só que é totalmente focada no passado também, para ser mais específico, no Japão Feudal. Um Ronin, que é um samurai sem mestre (versão bem simplista do que é um Ronin, mas é a definição que Miller usa...), precisa se vingar do assassino de seu mestre. Que não é um assassino comum e sim um demônio. Como se isso já não fosse ruim o suficiente, não é tão simples matar o tinhoso em questão; nosso protagonista tem uma espada mágica que fica cada vez mais poderosa, para cada homem mau que ela mata (e ela mata muitos homens maus...), só que a única coisa que poderia deixar a espada forte o bastante para matar o bicho, é o sangue de uma pessoa boa. Infelizmente o plano do nosso amigo Ronin não deu muito certo (não vou dar spoilers do que aconteceu); basta saber que os dois ficaram presos espaço/tempo/whatever e aí começa a história para valer. Não vou dar muitas dicas do que acontece depois, basta saber que envolverá: reviravoltas e final surpreendente!

O mais bacana dessa história, é que Miller realmente conseguiu fazer uma grande homenagem aos quadrinhos japoneses e com uma única obra, conseguiu colocar as temáticas prediletas dos mangás; temos magia, Japão Feudal, poderes paranormais e sci-fi. Não tem como não achar pequenas referências da obra de Katsuhiro Otomo (AKIRA), além do clássico Lobo Solitário de Kazuo Koike. Sou muito fã de ambos (com uma preferência descarada pela obra prima de Katsuhiro Otomo), mas o que Frank Miller nos mostra, consegue ser original e intenso, afinal é quase uma especialidade de Miller os personagem humanizados e que atingem as pessoas de uma forma mais psicológica. O Demolidor de Miller é tão bom, que todos os outros escritores que vieram depois assumiram a postura criada por Miller, assim como o Batman de Miller é o mais humano e carrega a empatia de um combatente do crime que pode morrer a qualquer momento, entretanto morrerá fazendo o que tem que fazer. É muito bacana esse estilo de escrever sendo explorado em uma obra que presta uma homenagem tão significante aos quadrinhos japoneses.

Bem amigos vou ficando por aqui. Infelizmente, não será tão fácil conseguir comprar essa obra em mídia física, o que já está virando um costume escrever isso sempre por aqui; eu na maioria das vezes estou escrevendo sobre clássicos e clássicos são raros e antigos. Graças aos Deuses dos quadrinhos (Crom, Mitra, Odin, Zeus, etc), a internet nos proporciona ótimos sites para baixar scans e ler obras que, de outra forma,não seriam tão fáceis de ter acesso. Vou deixar o link de algumas aqui. Contudo, tenho que dizer: Se vocês tiverem a oportunidade de conseguir em mídia física, comprem! É o tipo de obra que é o orgulho de qualquer bom colecionador de quadrinhos. Obrigado pela atenção e recadinhos da paróquia: o post de Antes de Watchmen: Comediante sai ainda essa semana. Bem como Laços uma obra incrível  da MSP, que para quem não lembra, faz parte da série que começou com Astronauta Magnetar. That's all folks. Abraços.

sexta-feira, 18 de outubro de 2013

Os melhores dos jogos...segundo quem?



Quais os melhores jogos na sua opinião??

Acho que se eu recebesse um dollar para vez que alguém me pergunta isso, eu já estaria rico. Na verdade, é comum querer saber a opinião de outras pessoas, ainda mais quando é sobre um assunto que não se domina bem. Sobre essa questão, acho que seriamais do que natural, categorizar os jogos, afinal nem todos os jogos são iguais. Existem jogos de corrida, FPS, TPS, RTS, RPG, Fighting, plataform, etc. Se a proposta é falar sobre jogos, temos que levar em conta as categorias e subcategorias. Sim amigos, existem ainda as subcategorias: Survival Horror (que pode ser, de ação ou em formato RPG, etc), Action (que pode ser FPS, TPS, etc). E não podemos esquecer das gerações dos jogos. Qual o melhor jogo da Era 16bits, Era 8Bits, Era 32bits, Era whatever...enfim, falar sobre jogos é bem mais fácil quando se é mais novo. Agora quando se tem idade para ter jogado do ATARI ao PS3/XBOX 360, é muito jogo para colocar na equação.

Eu tenho minha lista pessoal, acredito que todo gamer deva ter a sua, mas no meu caso eu divido em categorias simples e sem uma infinidade de subdivisões. Vamos a minha lista:

       1-Games de corrida: Aqui é bem fácil. Sobre games de corrida, os que realmente me marcaram estão na Era 16bits. Estou falando dos 3 grandes clássicos de corrida da saudosa época do Mega Drive/SNES; Top Gear, F-ZERO e Rock and Roll Racing. Desses 3, apenas um é multiplataforma. E é justamente esse o meu escolhido. Nerd que é nerd, têm que gostar de rock e não qualquer rock, rock de qualidade. Em Rock and Roll Racing, nos tínhamos o melhor de dois mundos. Imagina um jogo de corrida onde a trilha sonora fosse Paranoid by Black Sabbath? Esse jogo é tão incrível que até hoje é demais.

     2-Games de luta: aqui nessa categoria, existem um monte de representantes e acho que joguei a maioria deles. Só que existe um em particular que tinha um enorme diferencial, o sangue. Tentem imaginar um jogo onde você vê vísceras sendo arrancadas, cabeças decepadas e o mais incrível, você controla isso. Uma sequência de botões/setas e o jogo te apresenta um Fatality. Esse jogo marcou época e óbvio que é o meu escolhido. Neste caso, vou no último Mortal Kombat ou seja, da geração atual e de preferência a versão do PS3, que possui um personagem bônus: Kratos, de God Of War.

      3-Jogos FPS: para quem ainda não sabe o que significa FPS, é a sigla para First Person Shooter, que é simplesmente um jogo onde você atira em primeira pessoa, como Doom, Quake, Heretic, Duke Nukem, etc. Joguei muito esse gênero no PC, nos bons e velhos tempos. Posteriormente, o gênero foi para os consoles e pude experimentar esse tipo de jogo em um joystick. Como os jogos em questão são de consoles, eu voto em COD (Call of Dutty). Até hoje um dos melhores do gênero, seja lá qual for a geração.

      4-Jogos de Terror: é um gênero bem popular e quase todo mundo já jogou pelo menos um. Só que alguns se destacam mais que outros. Existem 3 que moram no coração de todos os gamers; Resident Evil, Silent Hill, Alone in the Dark. Cada um desses é maravilhoso de uma forma particular. Seja pela história, pela jogabilidade, pelos gráficos, essas franquias são muito populares e existem até hoje. No caso de RE, já está na sexta edição, Silent Hill o último foi o Downpour. Desse que citei, vou escolher Silent Hill 2, que na minha humilde opinião, é o jogo de terror mais terrível do mundo. A história é impressionante, os gráficos são animais, esse é o jogo. Só para constar, Silet Hill 2 é para PS2!

      5-Jogos RPG: aqui eu falo com certa autoridade, pois é o meu gênero predileto e é o gênero que eu mais joguei na vida. Não sei de cabeça quantos RPGs eletrônicos eu já terminei, todavia posso dizer que a minha franquia predileta é Final Fantasy. Só que não é este o meu RPG predileto. Aqui eu sou obrigado a voltar a Era 16bits, pois em se tratando de RPG, nada até hoje, NADA se compara a Chrono Trigger. Tudo nesse jogo é perfeito e não é por nada que é o jogo com a maior quantidade de fãs que existe. Trlha sonora maravilhosa, gráficos impressionantes para época, história envolvente, esse jogo é TUDO. Qualquer pessoa que tem a audácia de se intitular gamer, precisa ter jogado Chrono Trigger.

        6-Jogos em terceira pessoa: aqui também existe uma variedade gigante de opções. Joguei muitos jogos assim a partir do PS1 e claro que não podemos esquecer que, alguns jogos de terror como SH e RE, são em terceira pessoa. Se a vantagem estava com Silent Hill em games de terror, aqui a vantagem é totalmente de Resident Evil. Um jogo muito marcante, com certeza foi RE 2. Não é por nada que é considerado por muitos como o melhor da série (e por mim também). Só que em Resident Evil 4, o jogo ganha toda uma dinâmica que iria influenciar toda uma nova geração de games com o mesmo estilo/proposta. Então a minha escolha por RE 4 não é apenas como fã da série, é como reconhecimento do trabalho que foi feito  e de como as coisas mudaram graças as inovações que vimos nesse game.

      7-Melhor jogo da minha vida: por mais que meu cérebro grite que o jogo deve ser The last of Us ou Shadow of the Colossus, meu coração é e sempre será por Chrono Trigger. Claro que um jogo como Shadow of the Colossus marca qualquer gamer inveterado, pelo final espetacular, pelo gráfico absurdo ou simplesmente pelo esmero com que a história é contada. E The Last of Us é um jogo que pode ser considerado como “o mais perfeito para a geração atual”. Quem não chorou quando esse jogo acabou não tem coração. Entretanto, Chrono Trigger tem o talento de ser um jogo saudosista e que nos leva para outro mundo. Qualquer pessoa que jogou, se emociona quando ouve qualquer uma das trilhas sonoras que ele apresenta. Esse tipo de emoção além do tempo é muito raro e não é para muitos games. Acredito que muitas gerações ainda vão se encantar com Chrono Trigger, e olha que eu duvido que, quando o famoso Dream Team dos games trabalharam nesse jogo, poderiam imaginar o que estava por vir. Chrono Trigger é eterno!

Bem amigos, por hoje é só! Eu agora gostaria de saber a opinião de vocês. Qual ou quais os melhores jogos de todos os tempo? Seja lá qual for seu critério, por geração de console, por data, por gênero, seja lá qual for, divida sua opinião com a galera. Imagina se o seu jogo predileto é um jogo que eu não conheço... eu adoraria poder conhecer. Ou quem sabe eu conheça e não tenha gostado o suficiente... algum leitor poderia se interessar. Partilhar informações é um dever de quem tem poder para tanto! Muito obrigado pela atenção. Abraços.