quinta-feira, 28 de novembro de 2013

Incal... Moebius é um gênio!


Viajar é muito bom! Viajar para o Jodoverso é melhor ainda!!


E mais uma vez trago para o blog um quadrinho de ficção científica. Dessa vez a obra escolhida foi de um cara que é considerado um dos melhores desenhistas de todos os tempos. Moebius é um gênio. Eu conheci Moebius quando li uma Graphic Novel (de número 11), que foi lançada pela editora abril. Era um quadrinho sobre o Surfista Prateado e o todo poderoso Galactus. Fiquei impressionado com a arte e pelo amor de tudo, quem não ama o trabalho de Stan Lee? Era uma história ótima, que ele (Lee) definiu como “bem diferente do que estava acostumado a fazer”. Com grandes momentos de reflexões, marca registrada do personagem Surfista Prateado, e ação na medida certa, esta história é uma das mais clássicas e está no meu “Hall Of Fame”. Não vou falar muito sobre esta obra em específico pelo simples motivo de estar nos meus planos trazer para o blog, em um futuro não tão distante. De qualquer modo, ali naquela revista nascia uma grande admiração pelo trabalho do grande Moebius.


Para quem não sabe, Jodorowsky é um cara muito bom também. Em um certo momento da vida, este sujeito teve a brilhante idéia de adaptar o livro Dune (Frank Herbert) para o cinema. Para tal projeto, convidou o criador da revista Heavy Metal Jean Giraud (moebius). Acontece que o tal projeto não vingou (pelo menos não com ele, pois todo mundo sabe que o Filme Dune foi feito). Anyway... nascia ali uma grande amizade. E graças a essa amizade, surgiu um dos maiores clássicos de ficção científica dos quadrinhos de todos os tempos: Incal. Idéias e conceitos de Jodorowsky, além da arte fabulosa e surrealista de Moebius. Depois de ler Incal, meio que fiquei pensando como teria sido a versão dele para um filme de Dune... Enfim, vale ressaltar que este quadrinho não é para crianças. A temática e a narrativa é bem simples, o suficiente para qualquer pessoa que não seja um PhD em literatura entender. Só que violência e algumas cenas mais “picantes”, deixa claro que os adultos são o público alvo.

Agora vamos a história, como sempre sem spoilers. Nosso protagonista se chama John Difool e não é nada de especial. É um detetive particular, muito azarado e com um talento incrível par se meter onde não deve. Quando estava meio que “evadindo” de uma de suas inúmeras presepadas, encontra-se com uma misteriosa criatura, que estava para morrer. Antes, entrega ao pobre John um artefato que viria a ser a maior dor de cabeça que ele jamais poderia imaginar. Como podem ver, a história não é tão difícil de entender. O que deixa tudo muito interessante, é o fato de tudo mudar muito rápido. Reviravoltas na trama são tão comuns ao ponto de se tornarem imprevisíveis. Isso deixa tudo muito dinâmico e o leitor literalmente fica preso a trama de uma forma quase que inexplicável. A arte de Moebius é um grande fator determinante, diga-se de passagem. Existem momentos que, a arte é tão magnífica, tão cheia de detalhes, que você simplesmente para a leitura e admira por um tempo. Poucos são os desenhistas que conseguem causar esse tipo de efeito.


Conseguir esses quadrinhos, à muito tempo atrás era relativamente difícil. Hoje, porém, podemos achar-los todos pela Saraiva e, sem um pingo de arrependimento posso dizer, é uma compra espetacular. Este obra entra no tópico “leitura obrigatória”, para qualquer um que goste de quadrinhos e para qualquer um que goste de ficção científica. E para aqueles que ficaram impressionados com a arte de Moebius, comprem sem medo tudo que acharem dele. Sou um grande fã de quadrinhos e todo mundo que me acompanha já sabe. Uma das coisas que mais prezo, é uma boa história. Ainda mais quando se passa de uma forma bem original. Não significa que eu não aprecie os clássicos heróis, como Batman/Spiderman/Superman/X-Men. Só que é muito bom, de vez em quando sair dessa “zona de conforto”. Conhecer coisas novas e totalmente originais é muito bom. Além disso, quando lemos quadrinhos, piramos com a descoberta de referências a livros e/ou de outros quadrinhos. Incal realmente me impressionou muito e definitivamente é uma obra que vou ler inúmeras vezes, exatamente como Watchmen, V for Vendetta, Cavaleiro das Trevas, entre outras.


E depois disso, vou ficando por aqui. Encerro esse post com o singelo aviso para os que se interessaram por esta obra. Estou deixando os links aí no fim, para obras de Moebius e para esta em específico, no grande Senhor Saraiva, que está se superando com seu acervo de quadrinhos e livros (isso eu sei!). Muito obrigado pela atenção, quem gostou e leu até aqui, por favor clique nos ícones do Facebook e Twitter. Abraços!





quarta-feira, 27 de novembro de 2013

Evangelion... para impedir o terceiro impacto!


Quem tem medo dos anjos??


Aparentemente as pessoas que vivem no mundo pós-apocalíptico deste mangá, não são exatamente os maiores fãs de anjos. Muito bem amigos, novamente estou aqui para falar de um mangá, que foi pedido por uma galera que me acompanha aqui no blog. Meus alunos, que por sinal são os meus maiores seguidores, me enchem sobre isso toda hora. Então finalmente está aqui um dos clássicos supremos, entre os quadrinhos japoneses: EVANGELION. Vou logo dizendo que este quadrinho não é tão infantil quanto se imagina. A história é bem adulta e muito original no desenvolvimento. Qual o motivo de eu dizer que é muito original no desenvolvimento? Bem, um mundo pós-apocalíptico onde a humanidade tenta sobreviver a todo custo, além de vilões que tentar “acabar” com o que resta de humanos, não é bem original. Já estamos acostumados a ver esse tipo de coisa e de uns tempos para cá, os vilões são sempre os zumbis. Mas ao longo do meu tempo como leitor e telespectador, já li e assisti todo tipo de coisa sobre supostos apocalipses. Seja vampiro, vírus, zumbi, crianças paranormais, máquinas, whatever... o ser humano sempre está ferrado de alguma forma. Quando li este mangá pela primeira vez, o que me surpreendeu foi a idéia de como aconteceu essa hecatombe. Aí eu me dei conta que ali nascia um clássico.


Criada em 1995, Evangelion foi um verdadeiro sucesso no Japão. Afinal, se tem um povo que adora apocalipses, são os japoneses. Agora, quando ocorre a união de duas paixões declaradas: apocalipse e robôs gigantes; claro que só poderia ser um sucesso de vendas. Escrita por Hideaki Anno e ilustrada por Yoshiyuki Sadamoto, esta série também deu às caras pelos Animes, que receberam todo o tratamento que mereciam e da mesma forma que os quadrinhos, se tornaram um tremendo sucesso. Algumas curiosidades... este quadrinho obviamente possui jogos, infelizmente os jogos (pelo menos os que eu joguei...) não são bons. E o mais impressionante é que, apesar do marketing sobre Evangelion ser grande até hoje, os tais jogos nunca foram muito populares, mesmo no Japão. De fato, nunca achei uma versão em inglês para jogar. As versões que eu tenho são em japonês, tanto as do PSP, quanto as do PS1. Enfim, nada é perfeito no fim das contas (com exceção de AKIRA. Claro!).


Vamos a história, sem spoilers como sempre: como eu já disse antes, o cenário é um mundo pós-apocalíptico. Segundo consta nos livros de história, o segundo impacto quase levou a humanidade à extinção. Este segundo impacto, seria uma clara alusão ao primeiro impacto, que teria sido o meteoro que exterminou os dinossauros e por conseqüência abriu espaço para que os mamíferos pudessem se desenvolver. Até aí tudo beleza. Claro que nem todos morreram e uma pequena parcela de humanos sobreviveu para reconstruir o mundo (até aí nada de espetacular). Agora que a coisa começa a ficar interessante, visto que para aqueles que possuem maior acesso a informação, o tal segundo impacto seria uma introdução ao despertar de um ser chamado de ANGEL. Estes seres por sinal, não são exatamente amigáveis e atacam a humanidade sem dó nem piedade. Para combater-los, os humanos criam robôs gigantes chamados de Evangelions ou EVAs, que são por sua vez pilotados por adolescentes/crianças. Não é qualquer pessoa que pode pilotar um EVA. Testes precisam ser feitos, pois o piloto deve ter um grau de sincronia absurdo com os robôs. Estes adolescentes/crianças ficam dentro de um líquido chamado de LCL (substância altamente oxigenada e com base em silício), que por sinal tem por finalidade favorecer a ligação neurológica com os EVAs.


Com varias reviravoltas, muitos mistérios e revelações bombásticas, este mangá é muito bom e mistura um pouco a ficção científica com religião e tudo mais. Caso algumas pessoas estejam fazendo a ligação de Evangelion com o recente blockbuster Pacific Rim, você não será o primeiro. Logo que o filme foi anunciado, muita gente pirou achando que ia ser uma versão de Evangelion. Não foi bem o que aconteceu. Quem viu, percebeu que este filme é mais uma “ótima homenagem” do que uma versão do mangá/anime. Uma das personagens principais, por sinal é japonesa. É uma boa dica de leitura, seja para os que já estão acostumados com os quadrinhos japoneses, seja para os novos leitores. Dica final: rock clássico é uma ótima trilha sonora para a leitura da obra. E depois dessa, vou fechado o post. Agradeço a atenção e peço que não se esqueçam de dar uma curtida na Fan Page do Facebook e me seguir no Twitter. Muito obrigado pela atenção. Abraços.
Por se tratar de quadrinhos japoneses, esperem um pouco disso também! Mas nada explícito, muito pelo contrário!

terça-feira, 26 de novembro de 2013

Isaac Asimov: Gênio Sci-Fi!


Quem não gosta de ficção científica??

Eu, como todo bom nerd, não gosto! Eu AMO ficção científica. Confesso que não é um gênero fácil para se escrever e é bem raro bons escritores, com um material realmente inovador. Asimov é um dos melhores e não podemos deixar de mencionar que: influenciou toda uma geração de escritores (de sci-fi ou não), escreveu livros considerados “obras primas supremas” e adora robôs (isso é muito importante!). Falando em robôs, o meu primeiro livro de Asimov foi justamente “Eu, robot” (e calma, não me xinguem sem motivo. Eu sei que robô está escrito com T, mas minha versão é assim mesmo). Na verdade, este livro não era meu. Eu meio que “esqueci” de devolver para o meu pai, quando ele me emprestou e a versão dele (que agora é minha), não era brasileira e sim portuguesa. De qualquer forma, esquecendo ou não de devolver, este livro foi uma porta aberta para a ficção científica de boa qualidade, li quando tinha por volta de 12 anos. Portanto, como todo bom fã de Star Trek e Star Wars, esse tipo de literatura me abriu os horizontes. Afinal, sci-fi não precisa estar ligado ao espaço necessariamente!

O curioso é que pessoas abençoadas com o dom da escrita, acabam por apresentar não apenas a sua obra, mas toda uma infinidade de autores, que como fãs, declaram aos quatro ventos amor eterno a Asimov. Eu conheci William Gibson (pai do gênero cyberpunk e o meu autor de ficção científica predileto!) graças a Asimov. Li em uma revista que Gibson era um apaixonado por Asimov e quando fui atrás para saber quem era esse tal W. Gibson, achei um livro chamado NEUROMANCER. E assim nascia minha paixão por cyberpunk. Com o gênero fantasy foi quase a mesma coisa. Muitas influências e muitas idéias foram plantadas por esse grande autor inclusive no cinema; e sobre o cinema, pelo amor de tudo que é sagrado na literatura, eu não estou falando do maldito filme do Will Smith. Esse filme é uma verdadeira abominação, no que diz respeito à obra de Asimov. Não desmerecendo o filme de todo, mas para quem é fã do livro ficou um pouco decepcionado com a forma que a obra foi tratada.

Neste livro, temos a noção do que é conviver com robôs de uma forma mais humana (entenda como quiser...). Um rápido resumo sem spoilers: para começo de conversa não é um livro convencional; são vários contos que são amarrados de forma brilhante por Asimov. E não posso deixar de falar que foi nesse livro que fiquei conhecendo as famosas “3 leis da robótica”, que viriam a ser utilizadas por outros autores, com certas “licença poética diga-se de passagem. Achamos referência as 3 leis inclusive em livros onde a temática é mais fantasiosa. Li um conto de um autor espanhol, onde o personagem principal era um necromante. Neste conto, este necromante tomava algumas precauções para que sua “criação” (zumbis, só para constar...) não atacassem o criador ou atacassem quem o necromante proibisse. Para tanto, o feiticeira lançava uma magia que obrigava sua criação a obedecer a 3 regras, definidas por ele. Referência velada ao mestre Asimov. A essência de sua obra não está diretamente ligada a ficção científica e pode sim ser aproveitada em muitos outros estilos. No total são 9 contos e cada um deles explora alguma particularidade humana, além de mostrarem a evolução dos robôs no decorrer dos anos. No último conto da lista, “O conflito evitável”, temos o retrato de um mundo que pode ou não estar sendo governado por um robô. Será que o coordenador geral Stephen Byerley é mesmo um robô? Será que um dia estaremos sendo comandados por 4 máquinas, que ditam tudo no mundo? Leia e descubra!

Depois de “Eu, robô”, muitos outros livros vieram para aumentar a minha estante, sendo que alguns deles do próprio Asimov (O fim da eternidade, Viagem fantástica e Os próprios deuses – este, sem dúvida, o livro mais espetacular de ficção científica já escrito, na minha humilde opinião) e outros que eu conheci por intermédio dos livros e pesquisas sobre ele (William Gibson, Arthur C. Clarke, J. J. Benítez, entre outros). Autores assim costumam marcar a vida de qualquer leitor, pois além da óbvia mudança de perspectiva ao qual somos expostos, aprendemos a buscar o que ler. Reza a lenda que, segundo a mídia especializada, o melhor livro de ficção já escrito é de Asimov (Os próprios Deuses). Entretanto, isso é discutível, já que muitos especialistas literários consideram a obra de Frank Herbert “Duna”, a obra definitiva do gênero. Preferências a parte, eu adoro as duas obras, porém meu coração tende para o lado de Asimov. E você leitor?

Bem amigos, vou ficando por aqui. Matei dois coelhos com apenas um golpe de saber de luz. A muito tenho sido cobrando para mais posts sobre livros e aqui está. Claro que vou deixar o link do senhor Saraiva para quem quiser conhecer não apenas livros de Asimov, mas livros de Frank Herbert, William Gibson, Arthur C. Clarke e outros. Boa leitura amigos. Obrigado pela atenção. Quem puder me seguir no Twitter e Fan Page do Facebook eu agradeço. Abraços.

Asimov:
http://busca.livrariasaraiva.com.br/search#w=asimov&PAC_ID=&af=

Frank Herbert:
http://busca.livrariasaraiva.com.br/search#w=Frank%20Herbert&PAC_ID=&af=

Willian Gibson:
http://busca.livrariasaraiva.com.br/search#w=Neuromancer&PAC_ID=&af=



terça-feira, 19 de novembro de 2013

Final Fantasy VI... jogo denso (para dizer o mínimo)!


Que assunto é tabu, em um jogo de videogame??


Aparentemente para os japoneses, poucas coisas podem ser consideradas tabus. E aqui estou eu com mais um jogo da minha franquia predileta e dessa vez, estou trazendo um jogo que é considerado por muitos especialistas em videogame, como o melhor jogo da franquia Final Fantasy. Eu, como já disse muitas vezes, tenho uma lista dos meus jogos prediletos e acho que todo gamer deve ter também (clique aqui, para ver meu top Five). Esse jogo não apareceu na minha lista pura e simplesmente pelo motivo mais óbvio possível: não pude jogar-lo na época que era para ter jogado. Quando conheci FF VI, já foi no PSP, rodando o game para o PSX. Acredito que os jogos prediletos, sejam aqueles que o jogador se conecte com a história e principalmente, tenha muitas memórias dela. Esse é o meu caso com Chrono Trigger e FF VII. São jogos pelos quais eu me apaixonei e que marcaram minha vida, de certa forma. Não significa que eu não reconheça que a história de FF VI seja muito mais elaborada que a de FF VII, afinal assuntos como gravidez na adolescência e suicídio, não são exatamente coisas comuns em games (imagina naquela época?).


Falando sobre época, esse jogo saiu originalmente para plataforma SNES e no Japão era chamado Fina Fantasy VI. No ocidente, esse jogo recebeu o nome de Final Fantasy III, por conta daquela velha história que todo gamer já sabe, mas vou dar fazer um resumo básico. O primeiro FF saiu no Japão e posteriormente para o ocidente; na plataforma NES, que veio a ser vendida nos EUA. Acontece que FF II e FF III saíram apenas para o Japão. Então quando FF IV saiu no Japão e veio a ser vendido aqui no ocidente, os malditos distribuidores dos EUA mudaram o nome para FF II (afinal até aquele momento, o segundo e o terceiro jogo da franquia nunca havia saído nas America/Europa). Como tudo que está mal pode piorar, o FF V saiu apenas no Japão. Então, quando FF VI foi lançado para Japão e EUA/Europa adivinha... se chamava FF VI (Japão) e FF III (EUA). Complicado leitor? Apenas mais um dia comum na vida dos gamers naqueles tempos. Depois de tantas caneladas (para não dizer coisa pior), quando FF VII foi lançado no Japão, no Ocidente continuou sendo FF VII. Os outros jogos, digamos, “perdidos” foram sendo lançados depois, para outras plataformas como GBA e Playstation (PSX).


Vamos ao jogo em questão. Final Fantasy VI é um jogo em formato RPG, de uma franquia que ficou famosa exatamente por esse gênero; lançado para SNES em 1994 e posteriormente para outras plataformas como GBA e o PS1. O jogo, como já disse antes, é considerado pela impressa especializada como o melhor da franquia e o melhor do gênero de todos os tempos. Não podemos deixar de mencionar que é um jogo que traz um certo grau de polêmica. Assuntos como suicídio, psicopatia, gravidez na adolescência, genocídios entre outras coisas, você verá nesse jogo. São 14 personagens jogáveis (o que até onde eu sei é um Recorde para FF) e foi o primeiro jogo da franquia que nos apresentou algo mais voltado para tecnologia. E já que eu falei de polêmica, reza a lenda que Kefka é o maior vilão de todos os tempos nos games. Meu vilão predileto é Sephiroth, não que isso signifique muita coisa; significa apenas que estou ligado sentimentalmente ao FF VII. Entretanto tenho que admitir que, depois de jogar FF VI, para efeito de conversa, Kefka realmente é muito mais sinistro.


Sobre a história, vamos ao básico e como sempre sem muitos spoilers. Mil anos antes do que vemos no jogo, Deuses denominados Magis travaram uma violenta guerra e como toda guerra tem conseqüências, essa guerra em questão acabou por transformar parte dos humanos em seres mágicos poderosos denominados Espers. Aparentemente esses Deuses de arrependeram e acabaram por se trancar em 3 estátuas. Como os Deuses estavam “trancados” nas estátuas, a única fonte de magia restante eram os Espers e esses preferiram se isolar, em um “mundo próprio”, afinal como manda a tradição, tudo que é diferente costuma ser hostilizado. A magia então é meio que extinta e a vida corre. Eis que surge o Império do General Gestahl, e seus generais Kefka, Celes e Leo com o maligno propósito de ressuscitar a magia, usando os Espers para tal propósito. Deste ponto em diante, o que posso dizer é que traições aconteceram, personagens mudarão de lado e revelações serão feitas de modo a levar o jogador para um tsunami de emoções na qual cada coisinha do jogo, vai ganhando uma importância vital para o entendimento total do enredo.


Jogo bem adulto e muito à frente do seu tempo, FF VI é uma história incrível e que influenciou muitos outros jogos que vieram depois, e falando de influências, esse jogo é considerado por Raphael Draccon (famoso escritor de fantasia aqui no Brasil – autor de Dragões do Éter e Fios de Prata: reconstruindo Sandman) como “o jogo da sua vida”. Nem preciso dizer que é mais do que uma recomendação do autor desse blog, eu diria que é uma obrigação jogar esse jogo. Agora sobre qual versão jogar, eu só posso recomendar a versão que eu joguei (por sinal, joguei antes de escrever o post), ou seja, a versão chamada Final Fantasy Anthology para PS1. Realmente, depois de jogar FF VI, quase mudei minha lista TopFive. Porém vou mexer nela. Apenas acrescentar mais um jogo. Depois de conhecerem Kefka, não será qualquer vilão que vós deixareis impressionados. Vou ficando por aqui. Obrigado pela atenção e recadinhos da paróquia, quem puder me seguir pelo twitter e Facebook eu agradeço, para sempre estar recebendo atualizações sobre os posts. E vou deixar o link da Saraiva para os livros do grande Raphael Draccon. Recomendo fortemente seus livros (que por sinal já li!) e espero escrever sobre eles em breve aqui no blog. Deixo também links dos vídeos de FF VI, para algumas versões. Abraços.


terça-feira, 12 de novembro de 2013

The Punisher.


Até onde uma vingança pode ir??

Para Frank Castle, aparentemente, a vingança não tem fim! Sim, este post é dedicado a este grande personagem da MARVEL, o incomparável e impiedoso Frank Castle, também conhecido como The Punisher e aqui no Brasil, como O Justiceiro. Eu gosto de personagens que são humanos e não tem super poderes e mesmo assim, fazem o que tem que ser feito. Custe o que custar. É fácil ser um herói, quando se pode dobrar aço com as mãos ou correr a sei lá quantos quilômetros por hora, ou soltar rajadas energéticas pelos olhos ou ainda ter recebido poderes graças a bichos radioativos. Vejam bem, quem tem poderes (em teoria), precisa ter uma grande força de vontade para não se corromper. Agora, convenhamos que é bem mais fácil sair na porrada com marginais de rua, quando se tem alguma vantagem não natural (poderes seja lá de que tipo). Sair combatendo criminosos de rua, armados e sem nenhuma moral, só com experiência e armas de fogo tradicionais (sem armaduras e acessórios mega tecnológicos, como Tony Stark), é no mínimo assustador, afinal um tiro bem dado e era uma vez Justiceiro. Frank Castle definitivamente não é qualquer um!
Sua história é triste, como a de quase todo herói dramático que se conhece. Sempre envolve mortes, culpa e traições. No caso de nosso amigo Frank, sua família foi toda morta por mafiosos, então ele literalmente declarou guerra a todos os tipos de criminosos e quando eu falo de guerra, é no sentido mais real possível. Por ser veterano militar, Frank está acostumado a todo tipo de tática, desde táticas de guerrilha, até avançadas estratégias militares. É preciso deixar claro que Castle não é um cara condescendente. Na sua visão, “bandido bom é bandido morto” e este lema (que tem certo apelo popular aqui no Brasil), é seu mantra. Frank Castle mata criminosos. Seus métodos também não são dos mais humanistas, afinal faz parte do seu show: tortura, seqüestro, tocaias, etc. Ele leva seu trabalho muito a sério e graças a tanta paixão, já arrumou briga com vários heróis mais “certinhos”, como o Demolidor, Homem-Aranha, Wolverine (se é que dá para chamar o Wolvie de certinho...), Capitão America, entre outros.
Sobre as histórias do Justiceiro, nem todas são boas. Eu até entendo que mexer com um personagem desses não é fácil. Frank Castle é um assassino, não poderia estar classificado como herói, mas quem nunca sentiu vontade de fazer justiça com as próprias mãos? Apesar de não ser um herói tradicional, que tira gatinho do telhado e tal, como não simpatizar com um cara que está privando o mundo de criminosos? Esse é o real motivo do personagem ser tão popular e ao mesmo tempo ser tão difícil escrever para ele. Escrever histórias policiais, explorar o lado humano, introduzir coadjuvantes relevantes é uma obrigação em histórias do Justiceiro. Garth Ennis não foi bem por esse lado. Porém nem todos os roteiristas são geniais como ele, de modo que algumas fases do Justiceiro são bem chatinhas. Por outro lado, o Justiceiro do selo Marvel MAX, é outra coisa. Ali tudo é bem mais realista e até a forma que om personagem é desenhado, faz menção a um homem mais maduro e beeeeeeeeem vivido. Não é um cara de 30 e poucos anos cheio de músculos e sim um real veterano da guerra.
Não posso deixar de falar sobre a pior história que eu já tive o desprazer de ler nos últimos anos. Infelizmente é sobre o justiceiro. Não sei por qual motivo, razão ou circunstância, decidiram criar uma história onde Frank Castle era n verdade um agente do “divino”. Enfim, o cara tinha poderes de anjo, ou poderes angelicais, whatever... só sei que o cara tinha poderes e entre esses poderes, estava o fato de tirar qualquer tipo de arma do sobretudo. Me desculpem a sinceridade, mas se tivessem pegado o personagem, transformado em vampiro purpurinado, não poderia ter ficado pior. Acho que o editor da Marvel que autorizou essa história, queria ser demitido. E depois desse “causo” sobre The Punisher, vou finalizando o post. Prometo que em breve trago algumas histórias clássicas do personagem. Muito obrigado pela atenção. Quem leu até aqui, por favor me siga no Twitter e na Fã Page do Facebook. Abraços.

quarta-feira, 6 de novembro de 2013

Final Fantasy IV: The Complete Collection!

Come to the Dark Side!!
Ou não. E aqui estou mais uma vez para escrver um pouco sobre a minha franquia favorite novamente. Dessa vez o jogo em questão está na minha top 5, que por sinal publiquei ontem; Final Fantasy IV, o segundo lugar da minha lista de 5 jogos. Agora o que tem de tão especial nesse jogo? Afinal não sou o único a dizer que FF IV está entre os preferidos da maioria dos gamers. Qual o motivo de tanta paixão? Começa pela trilha sonora, que é na minha humilde opinião, a mais bela trilha de todos os jogos da franquia. E a historia cativante, que faz jus ao termo fantasy. Foi publicado para SNES em 1991 pela Square, a atual Square-Enix, sendo um grande sucesso, como qualquer jogo dessa franquia. Curiosamente, nos EUA esse jogo recebeu o título de FF II. Acontece que, por lá o jogo Final Fantasy já havia sido lançado, só que FF II e FF III só foram lançados no Japão. Daí quando FF IV chegou para os EUA, ele se chamava FF II. Não tive a oportunidade de jogar essa versão do SNES. Se nos EUA era difícil, imagine para cá!
Ainda bem que posteriormente este jogo saiu para várias plataformas (SNES, GBA, PSX, PSP e NDS). A versão do GBA eu cheguei a jogar, mas não pude terminar o jogo. Meu contato real com esse clássico, se deu pelo meu PSP, que como já disse várias vezes, é um dos meus consoles favoritos de todos os tempos, por contada sua portabilidade. Primeiro joguei com emuladores, depois com a belíssima versão Final Fantasy IV: The Complete Collection, por sinal é dessa versão que estou falando, pois foi essa a versão que eu terminei. Alias, não é apenas um jogo que essa versão possui, são 3 jogos no total: FF IV After Years (se passa depois do que vimos em FF IV) e FF Interlude (a aventura se passa entre esses dois jogos). Não podemos esquecer da música e dos gráficos melhorados. Realmente é um presente para fã. Nada mais justo para um jogo que é considerado pela mídia especializada, o primeiro RPG eletrônico a trazer uma trama mais complexa, com uma dramaticidade nunca vista até o momento em videogames; foi nesse jogo também que o Active Battle System foi inaugurado na franquia.
Vamos a história, sem spoilers. O mundo em questão é o Blue Planet, que para efeito de conversa vamos deixar assim mesmo. Temos basicamente a galera da superfície (humanos) e a galera do submundo (Dwarves). Existe também uma lua artificial onde vivem os Lunarians; eles criaram essa lua e por lá ficaram, “descansando” até o momento que acharem conveniente coexistir com os humanos. No jogo identificamos lumarians pela marca de lua na testa. Temos um total de 12 personagens que podem ser controlados, entretanto apenas 5 podem ser usados por equipe, que por sinal muda no decorrer do jogo. Nosso principal personagem é Cecil Harvey, um Cavaleiro Negro e é também capitão das Red Wings (uma espécie de Zeppelin bélico, muito maneiro), as Red Wings são a força de elite do reino de Baron. Um grande herói não é ninguém sem um grande par romântico e aqui eu falo sobre Rosa Farrell, por quem Cecil se apaixona perdidamente. Isso pode parecer forçado, mas o papel de Rosa está em dramatizar e operar a mudança de Cecil (não vou dizer qual mudança... joguem o jogo!).
Tsunami!
Tudo começa quando as Red Wings atacam a cidade de Mysidia, para roubar o Cristal da Água. E ali também começa o drama de Cecil que não vê a utilidade de tanta destruição e questiona suas ordens. Acaba por ser destituído de seu posto de capitão das Red Wings. Como punição, recebe a missão de levar um pacote para o vilarejo de Mist. Coisas terríveis saem do tal pacote e o vilarejo inteiro é destruído. A única sobrevivente, Rydia, invoca um poderoso terremoto que separa Kain (que havia ido com Cecil para lá) e Cecil. Este por sua vez resgata Rydia e acaba por se envolver na sua jornada de vingança, quando a defende de soldados enviados para prender-la. E assim começa a jornada de Cecil que, não é apenas por amor ou por justiça, para ele é uma forma de redenção. E muita coisa vai acontecer daí por diante, Rosa que havia seguido Cecil, encontra-se doente e uma das missões é justamente salvar-la, novos personagens são apresentados, algumas reviravoltas (bota algumas nisso...), enfim é uma baita jornada do herói, como diria EduardoSporh (leia A Batalha do Apocalipse). Com final digno dos grandes filmes de aventura fantástica, que já não se vê mais!
Como eu já disse antes, o jogo desse post é o Complete Collection, então não posso deixar de falar um pouco sobre After Years e Interlude. Em Interlude, Cecil é o principal personagem e a trama começa com um sonho que Cecil teve, sobre uma das câmaras de cristal e uma voz dizendo que “sei lá o que finalmente tem nova forma”. E então a história se desenvolve em cima do mistério por trás da “voz”. Já em After Years, o máximo que posso dizer é que se passa depois dos acontecimentos de FF IV e que o personagem principal é Ceodore, que tem um grau de parentesco com Cecil, só não vou dizer qual. Trata-se de uma nova aventura, com participações de alguns personagens do jogo original. Não têm como eu dizer mais que isso sem dar spoilers sobre FF IV.
Resumo da Ópera, é um baita jogo; entra para a lista daqueles jogos que todo gamer tem que jogar. Questão básica agora... vamos dizer que, você vai jogar FF IV e não sabe em qual plataforma dar preferência. Meu conselho é que jogue a versão do PSP, que de longe é a melhor e mais completa. Caso pense em emuladores, jogue a do PSX ou do GBA. Não gostei muito da versão do NDS, que é idealizada em 3D, apesar de ter seu valor. Por fim, divirtam-se com um jogo que tem um enredo muito bom e foi feito para agradar aqueles que, como eu, amam o gênero fantasy. Vou ficando por aqui. Não se esqueçam de clicar nos links do twitter e Facebook, obrigado pela atenção. Abraços.

Gameplay abaixo, só para dar um gosto:





terça-feira, 5 de novembro de 2013

The Legend of Zelda: Ocarina of Time


Time is on my side. Yes it is!
Muito bem amigos, depois de muitos e muitos pedidos, finalmente chegou a vez do jogo que é considerado por grande parte das pessoas (gamers) e pela mídia especializada, como o melhor jogo de todos os tempos; estou falando de Zelda, Ocarina of Time. Antes de começar o post por assim dizer, gostaria de dizer que amo Ocarina of Time, mas este não é o meu jogo predileto. Sei que a história é boa demais, sei que a jogabilidade é espetacular, entretanto continuo dizendo que meu jogo predileto é Chrono Trigger. Não está em questão o quanto um jogo é bom ou ruim, e não está em questão a habilidade dos desenvolvedores ou algo do tipo. Quando elegemos um jogo para ser o nosso predileto, o que devemos levar em conta é a experiência que temos com o jogo; a história que você tem com aquele jogo. Infelizmente, nunca tive um N64, e quem sabe é esse o motivo para Ocarina of Time não estar em primeiro lugar na minha lista de melhores jogos. Isso não significa que eu não goste do jogo e não significa que não esteja “na minha lista”. Simplesmente não está em primeiro lugar.
Respondendo a pergunta antes que ela seja feita, este é meu top 5 (e repare que Ocarina of Time está presente!):
                1º Lugar: Chrono Trigger (SNES, PSX, PSP)
                2º Lugar: Final Fantasy IV (SNES, PSP) obs: post em breve!
                3º Lugar: Final Fantasy VII (PSX)
                4º Lugar: The Legend of Zelda Ocarina of Time (N64, Game Cube, 3DS)
                5º Lugar: Shining Force II (Mega Drive)
Vamos ao ponto. Este jogo foi desenvolvido pela Nintendo e foi publicado em 1998. A plataforma foi o saudoso N64, que foi o sonho de consumo de muita gente da minha idade. Foi o primeiro Zelda a ser totalmente 3D, e quando eu digo 3D, me refiro a movimentação em si. Reza a lenda que o jogo vendeu mais de 8 milhões de cópias e segundo a pequena pesquisa que eu fiz, 5 milhões de unidades foram vendidas apenas nos 5 primeiros meses. Se isso não é sucesso eu não sei o que é! Infelizmente não aproveitei o jogo como deveria ser aproveitado. Como já disse, não tive um N64, apesar de conhecer pessoas que o tiveram. Na casa dessas pessoas, tive meu primeiro contato com o jogo, e de cara achei bem difícil. Não era o que eu esperava (eu já conhecia a franquia; já tinha jogado The Legend of Zelda: A Link To the Past no GBA de amigos e achei demais. Ocarina of Time é bem mais difícil!). Como não podia levar o console do amigo para casa, nesta época não o zerei. Muito tempo depois, através de emuladores, pude finalmente terminar o jogo e matar minha curiosidade.
Sobre a história, sem spoilers, é mais ou menos isso: Link é um Kokiri, uma espécie de “elfo” que vive em Kokiri Forest. Ele é um guardião da floresta, e quando atingem uma determinada idade, recebem uma fada guia da famosa Deku Tree. Detalhe: Link era o único que ainda não possuía uma fada guia. Quando a fada Navi o chama para a presença da Deku Tree, esta diz a Link que está amaldiçoada. Um homem de armadura negra era o culpado por isso e queria a ajuda de Link. Ao entrar na árvore, Link se vê em batalha com um tipo de aranha chamada Gohma. Ele vence o bicho só que não consegue salvar a árvore. Antes da árvore morrer, Link escuta uma história de como o mundo foi feito, sobre as 3 Deusas e a Triforce, além de receber a esmerald kokiri, que seria a pedra espiritual da floresta. Ele também recebe a missão de encontrar a princesa Zelda. E lá vai nosso herói atrás de sua princesa, entretanto antes de sair da floresta propriamente dita, recebe uma ocarina de Saria, como prova de amizade eterna. Ao encontrar Zelda, descobre que um sujeito chamado Ganondorf quer a Triforce para si. Afinal, de posse desse artefato, pode literalmente comandar o mundo para o bem ou para o mal.
Claro que nosso herói não poderia deixar tal coisa acontecer. Acontece que para entrar onde a Triforce se encontra, é necessário ter as 3 pedras espirituais. Link já tem uma e sai a procura das outras. E um pouco antes de sair do castelo, Impa uma criada da princesa lhe ensina a canção de Zelda (Zelda Lullaby). Daí por diante se eu contar seria muita maldade de minha parte, pois o grande boom da aventura em si, é a busca. Os desafios que Link precisa enfrentar e acredite, cada “chefão” tem um macete específico. Não é tão fácil terminar esse jogo. Quando você acha que é só encontrar as 3 pedras, você se depara com uma grande reviravolta na história e assim novas buscas precisam ser feitas, sábios precisam ser acordados, não podemos esquecer a Espada (marca registrada da série), é história que não acaba mais; e vale a pena pois o final é absolutamente DEMAIS.
Para quem procura um jogo que, em certos momentos, vicia; este é o mais indicado! História nota máxima, gráficos maravilhosos (em todas as plataformas), trilha sonora que fica na cabeça, The Legend of Zelda Ocarina of Time é um jogo obrigatório para qualquer gamer se ouse assim se denominar! Agora, em relação a plataforma a escolher, eu escolheria o N64 (mesmo que seja no emulador), para dar aquele clima de jogo clássico. Porém, quem puder jogas no 3DS ou no Nintendo Wii ou mesmo no Game Cube, vale do mesmo jeito. Dessas plataformas todas, só tive contato com a versão N64, contudo assisti vídeos do jogo em outras plataformas e fiquei impressionado do mesmo jeito. Quem puder jogue. Deixarei uns links de vídeos aqui no final do post para a galera ter uma idéia! Vou ficando por aqui. Agradeço a atenção, peço que quem puder me siga no Twitter e Facebook para saber quando outros posts virão. Abraços.



Quem puder assine o canal do vídeo abaixo. Muitas risadas garantidas!

segunda-feira, 4 de novembro de 2013

John Constantine: HELLBLAZER, Origens!

Quando você olha para o abismo, o abismo olha de volta para você!
Aqui estou novamente para escrever sobre o meu personagem favorito: o Mago canastrão John Constantine. É simplesmente impossível não amar um personagem tão rico e cheio de detalhes, ainda mais quando suas histórias geralmente atraem mestres do mundo dos quadrinhos, que não apenas querem trabalhar com o personagem, mas querem deixar sua marca registrada. Não é qualquer um do Universo DC que têm esse tipo de apego emocional e também profissional. No decorrer de sua criação, que para quem não sabe, nasceu pelas mão de Alan Moore, como um mero personagem coadjuvante e que acabou por se tornar um dos maiores astros do selo Vertigo, lado a lado com Sandman. Acredito que sei o motivo de tanta popularidade!
John Constantine não é um herói nos moldes clássicos; firme, decidido, incorruptível, fiel e 100% honesto. Definitivamente, não podemos categorizar-lo como um anti-herói, como Justiceiro (Punisher, MARVEL) ou LOBO (DC). John está em algum lugar no meio. Ele é o tipo de cara que sempre está disposto a salvar o mundo, coisa que já fez por sinal; acontece que, os caminhos que ele é capaz de usar apara conseguir o que pretende, ainda que o que ele tenha em mente seja nobre e “para o bem maior”, comumente acabam por levar seus amigos a mortes terríveis ou serem abduzidos por demônios ou coisa pior (se é que tem algo pior!). Ele não tem pena de usar o que for preciso para fazer o que acha certo. Tendo em vista que seu senso de moral é relativo, é um personagem que pode literalmente participar de qualquer coisa. Isso dá uma liberdade de escrita que qualquer autor mataria para ter. Desta forma, quem não gostaria de escrever algo para ele?
Em John Constantine: HELLBLAZER, Origens o que vamos ver é o início de suas histórias, pelas mãos brilhantes de Jamie Delano (roteiro) e John Ridgway (arte). A chamada “fase Delano” é uma das melhores e dizem as Lendas, a melhor fase já escrita para o personagem. Não posso dizer se foi a melhor, ainda mais quando nunca li uma história ruim de Constantine (não que elas não existam, eu apenas não conheço). Essa fase é tão importante pelo motivo mais óbvio possível: é a apresentação do personagem. Dali por diante, teríamos que lidar com a personalidade de Constantine tendo como base a visão de Delano. São histórias clássicas, datadas inclusive, e que nos mostram quem é, o que faz e onde vive este personagem. Logo de início já temos a clara noção de que não é para crianças. Essa, por sinal, é a maior característica das histórias de Constantine.
O que se pode esperar então da revista? Se você já conhece o personagem, no entanto não conhece à muito tempo, é uma ótima oportunidade de ler as histórias antigas e mergulhar um pouco no passado do personagem. Se você está tendo o primeiro contato com o personagem, vai ficar viciado literalmente. Vai querer saber tudo, ler tudo, vai ficar doido. É o que acontece com todo mundo que têm contato com Hellblazer pela primeira vez. Afinal, quem poderia imaginar que quadrinhos pudessem ser desse jeito, com essa riqueza e com toda essa profundidade? Agora se você é fã das antigas, como eu, essa coletânea vai ficar linda na estante. Vai servir como catálogo e vai facilitar a consulta para futuras referências. Atualmente já está no volume 6 e que venham mais. Vou ficando por aqui e não posso deixar de dizer que, para todos aqueles se empolgaram com nosso amigo Mago, a Comix está vendendo exemplares. Vou deixar o link para a galera que estiver interessada. Obrigado pela atenção. Sigam-me pelo Facebook e Twitter para saber novidades sobre o site. Abraços.