quinta-feira, 17 de outubro de 2013

Batman: Venom... Silent but Deadly!




Como superar nossos limites??

Acredito que o primeiro passo é conhecer os próprios limites para depois aprender a supera-los. Não parece ser uma coisa muito rara, superar limites; ainda mais quando estamos falando do maravilhoso mundo dos quadrinhos. São várias as histórias que já lemos, e muitas outras que rolaram em plano secundário com o tema “superar os limites”, seja do corpo, da mente e em alguns casos, da alma (John Constantine pode escrever um tratado sobre o assunto!). Faz parte da mística essência do herói, cair e se levantar ou não desistir diante das dificuldades e se por ventura cair, que caia com honra. Todos os heróis já passaram por isso uma vez ou outra; alguns muitas vezes e é exatamente esse o tempero que constrói a personalidade de cada um deles. Tenha como exemplo um cara como o Superman; é de conhecimento público que ele é o mais poderoso entre os poderosos. Entretanto pensa como homem, portanto está sujeito a sua consciência. Quantas vezes a consciência do Superman já o colocou em Xeque? O que seria do mundo se ele perdesse sua consciência? Atualmente estamos tendo uma visão disso na série Injustice. Agora, como vencer um inimigo silencioso e mortal como um vício?
Nessa história do Batman, nos deparamos com a maior batalha que o Homem-Morcego já enfrentou; uma batalha com seu próprio corpo. Por anos e anos, Bruce Wayne usou sua máscara para aterrorizar os criminosos de Gotham, e leva-los à justiça. Em sua batalha incansável e implacável contra os criminosos, ocasionalmente Batman se depara com viciados, o estágio mais baixo dos criminosos. Estes pobres diabos perdem a sanidade quase que por completo e abrem mão de tudo, graças ao vício. Batman já os enfrentou e mais, já os livrou de seus traficantes, que são os grandes exploradores dessas pessoas perdidas. Agora tente imaginar, o herói mais convicto e justiceiro de todos, enfrentando esta mesma batalha, só que pelo outro lado; Imaginem o Batman viciado em uma substância que é potencialmente danosa a sua saúde?Sim, é exatamente esse o plot da obra. Batman tentando se livrar do vício. Sem dar spoilers, a coisa acontece mais ou menos dessa forma: Batman é um cara que joga sujo e todo mundo sabe. Ele construiu uma fama de mau tão grande, que o simples mencionar do seu nome, deixa boa parte dos bandidos comuns de Gotham trêmulos. Só que, apesar dessa carga negativa em seu personagem, Bruce Wayne é uma pessoa justa e incrivelmente altruísta, além de ter um senso de justiça inabalável. Bruce Wayne, filho de um médico famoso em sua cidade, foi criado com uma moralidade tão grande, que seria capaz de morrer para salvar qualquer vida, ainda que essa vida fosse a de um bandido. Batman não mata, Batman não se entrega. Sabendo disso, presumimos que o Homem-Morcego possui um perfeccionismo quase que doente, afinal ele não gosta de perder nenhuma vida. Infelizmente, algumas vidas não podem ser salvas e ele tem seus limites. Quando ele falhou em salvar uma vida, no caso uma menina sequestrada, e esse falha foi devido aos seus limites físicos, Bruce em um momento de fraqueza, toma uma droga que deixa seu corpo mais forte. O que nosso amigo não estava preparado era para as consequências desse ato.


Bruce Wayne, sob o capuz de Batman, está acostumado a enfrentar traficantes e até intimida-los quando for necessário, só que quando se está do outro lado, quando a necessidade deixa de ser uma opção e sim uma condição, Batman se vê acuado com um inimigo tão poderoso que pode fazer com ele se torne aquilo que mais odeia: um criminoso. Essa história é bem simples, sem muitas reviravoltas ou uma trama super complexa. Trata-se apenas de um ser humano dizendo não a própria fraqueza e decidindo vencer o vício a todo custo. Sou muito fã de histórias que tem por linha de fundamento humanizar um herói, e quando esse herói é virtualmente humano (Batman não tem poderes), acho que a mensagem é melhor ainda. Veneno foi uma minissérie em 5 edições, que aqui no Brasil foi lançada pela Ed. Abril e acho que é uma obra bem singular, quase que necessária para se entender Bruce Wayne/Batman. Achei muito ousado explorar um tema como esse, ainda mais em um dos personagens mais icônicos da DC; resultado espetacular para dizer o mínimo. Bem, vou ficando por aqui. Obrigado pela atenção. Abraços.

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