segunda-feira, 2 de setembro de 2013

Xenogears... clássico RPG da SQUARE, para PS1.


Qualquer semelhança desse jogo com Pacific Rim é pura coincidência! Ou não!!
Eu amo jogos de RPG. Já expliquei aqui um milhão de vezes os motivos que me levam a amar tanto essa modalidade de jogo eletrônico. Só que acho que é mais que isso. Eu amo RPGs da SQUARE, e sinceramente acho que nunca peguei um desses que não fosse muito bom. Inclusive os meus prediletos de todos os tempos, Chrono Trigger e Final Fantasy VII, são da SQUARE. Aqui em Xenogears, nos deparamos com mai um jogo espetacular, gráficos acima da média, em se tratando de um jogo para PS1 e jogabilidade fenomenal. O jogo realmente é muito bom e como não podia deixar de ser foi um tremendo sucesso. Qual o motivo da minha brincadeira com Pacific Rim? Leia a seguir!
Para começo de conversa, neste jogo iremos dar de encontro com muitos conceitos filosóficos, além de religião (coisa rara nos videogames...). Idéias, ou melhor, princípios filosóficos de Freud, Nietzsche, Lacan, etc. Realmente, é um jogo com uma história muito densa e de certa forma, instigante. Imaginem um jogo que tem como assuntos recorrentes a filosofia, religião, conflito entre homem e máquina, natureza da memória, relações interpessoais, e não podemos deixar de falar que é uma aventura. Quando eu digo que não se fazem mais jogos como antigamente, as pessoas não acreditam. Em Xenogears, temos o melhor de vários mundos. Além de nos fazer pensar e até raciocinar sobre o que se passa no enredo, esse jogo mostra que criatividade é e sempre será a maior aliada no mundo dos games.
Vamos a história de Xenogears, não esquecendo que é uma sinopse e não terá spoilers. Nosso personagem principal se chama Fei Fong Wong, apesar de não ser o único personagem controlável. No total, temos 9 personagens controláveis e muita interação entre os mesmos. O dilema que vemos em Xenogears é: “Como sobreviver a guerra”? As nações de Aveh e Kislev estão ao ponto de entrar em guerra e nossos personagens precisam sobreviver a ela. A temática de guerra é sempre muito boa, pois os desenvolvedores do jogo podem explorar um enorme gama de situações e quem ganha com isso geralmente é o jogador. Agora não podemos deixar de falar da parte mais interessante do jogo, os Gears. Neste jogo, podemos controlar robôs gigantes e utilizar-los nas batalhas. Pescaram a referência com Pacific Rim?
Só que neste caso, os inimigos não são seres dimensionais ou whatever, aqui a guerra é com os semelhantes. No continente de Ignas, o maior do mundo, acontece uma guerra entre dois países, Aveh e Kislev, já mencionados acima. Esta guerra já dura séculos e nem eles se lembram do motivo de tanta hostilidade entre os países (esse tipo de situação lembra algo? Duas nações que estão em guerra a séculos que ninguém lembra mais a razão de tudo?). Enfim, graças a Ethos, que é uma instituição que tem a finalidade de preservar a cultura do mundo, esta guerra tomaria rumos inesperados. Escavações feitas e artefatos encontrados, são restaurados por Ethos e assim, novas armas vão surgindo. Os combates entre os países não são mais resolvidos de forma tradicional e sim com lutas entre Gears. Daí por diante, a guerra segue da forma tradicional que nós já conhecemos de cor. Alianças são formadas, novas potências militares aparecem, em um momento Kislev está com vantagem e de repente perde essa vantagem. Nada que a humanidade não conheça bem.
Pois bem, esse jogo é recomendado para todos os jogadores que valorizam uma boa história. A parte mais interessante desse jogo, é a pesca de referências. Para se ter um amplitude maior na experiência de jogar, recomendo leitura. Isso por sinal é mais do que recomendado, seja para ampliar sua visão de um jogo ou da leitura de um quadrinho ou mesmo lendo outros livros, ter referências sempre é bom. Exemplo: não basta apenas ler um HQ maravilhoso como V For Vendetta, de Alan Moore. A mágica é reconhecer as referências implícitas na trama. Quem leu o livro 1984, de George Orwell, terá uma experiência diferente quando ler V For Vendetta. Vou ficando por aqui. Deixarei um vídeo deste jogo, para quem não conhece dar uma olhada e, como é um game de 1998, não é difícil achar isos para jogar em emuladores, seja no PC ou no PSP. Prefiro no PSP. Obrigado pela atenção. Abraços. 

 

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